Sífilis: Definição, Etiologia e Epidemiologia
A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica e crônica, classificada como Infecção Sexualmente Transmissível (IST). É crucial destacar que a sífilis não gera imunidade, possibilitando a reinfecção em caso de nova exposição.
Etiologia
A bactéria responsável pela sífilis é o Treponema pallidum, uma espiroqueta gram-negativa exclusivo do ser humano. A transmissão ocorre por meio de pequenas escoriações na pele ou mucosas, que permitem a entrada da bactéria e sua subsequente disseminação sistêmica via corrente sanguínea. O T. pallidum não é cultivável em meio artificial, o que torna o diagnóstico dependente de exames diretos da lesão ou testes sorológicos.
Epidemiologia
Nas últimas décadas, tem-se observado um aumento preocupante no número de casos de sífilis. Diante disso, a doença passou a ser de notificação compulsória em suas diferentes formas: adquirida, congênita e em gestantes. A sífilis na gestação, em particular, serve como um indicador da qualidade do pré-natal, uma vez que a doença possui tratamento eficaz e acessível. A detecção de casos de sífilis congênita, portanto, sugere falhas no acompanhamento pré-natal e na administração do tratamento adequado.
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. 211 p. ISBN 978-65-5993-276-4. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_atecao_integral_ist.pdf. Acesso em: 16 jul. 2024.
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